terça-feira, 13 de novembro de 2007

Lobo da Estepe

Eis o que me faz o amor me ser tão caro! Abrigo duas (ou mais) Nannas. Uma selvagem, voraz, tarada, rebelde, louca, perigosa... Outra sensível, de coração mole, que usa a razão e o bom senso e gosta de ler, ficar quietinha e conhece a si mesma... Acontece que as pessoas costumam gostar de uma das Nannas têm dificuldades com a outra. Quem gosta da Nanna Tigre não assimila a Nanna Tulipa e vice versa.

Nanna Carolina 

sábado, 15 de setembro de 2007

       Hoje é meu aniversário. Sinto a loucura como convidada para a festa surpresa que preparei pra mim. Estou sem voz e cansada para conseguir falar sobre o que eu deveria saber gritar em ópera. Dou voltas imensas para expressar minha vida. Afinal, ela não é limitada, é infinita.
       NÃO OBSTANTE, quero ser feliz e ter alguma saúde. Não que ninguém mais no mundo  o queira. Todas as mentes deveriam visitar paraísos e delícias para prosseguir a labuta. Mas a minha tem freqüentado o vale das luzes ofuscantes.
       Queria alguma defesa para toda essa tirania a que me imponho. Sem implorar, é claro, se mal aprendi a pedir. Sei bem sucumbir às panes da minha personalidade.
       Será que este foco distorcido das coisas vai me viciar como a todos? Será que vou sempre repetir as perguntas “erradas” às pessoas “certas”?
       De sentimento dopado me sinto bem. A confusão me deixa menos confusa.  

Nanna Carolina 

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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       As vezes a gente se apaixona por pessoas de mundos diferentes do nosso. Para estar com elas, tentamos nos igualar. Aí mora o perigo: perdemos o itinerário, desconhecemos nosso paradeiro.
       A luta para o retorno é realmente dolorida. O que pensa A Criadora com esse tipo de mecanismo?
       Nós, que no senso comum chamamos isso de amor, acabamos por nos desesperar, blasfemar, suicidar aos poucos, ou aos muitos...
       Há remédio ou vacina?
       Realmente na minha (esta) época ainda se sabe fazer matemática. Usar a razão ta cada vez mais fácil.
         Porém, como não me perder, se há erros mascarados de Verdade, auto-pecado fantasiado com prazeres, tanta nojeira aprendida em casa...

Nanna Carolina 

terça-feira, 21 de agosto de 2007

...

Olhando daqui, nós humanos. Tantas objeções, opiniões, reivindicações. Sofreremos em Nietzsche. Nunca saberemos o nosso valor. Algumas pequenas diferenças soam como temperos. O quê mais podemos aprender a não ser?

Nanna Carolina