terça-feira, 19 de julho de 2011



        E o caos reaparece! Creio que se imagina meu amante por vir com tanta fidelidade. Onde será que encaixo esse corpo débil, mesmo que agora sóbrio?
        Tudo acontece no espaço “entre vírgulas”, não vejo mais meu caminho sob meus pés, estou desorientada sobre meu norte.
       Parece que quero vomitar, ou talvez desmaiar, mas sei que haverá melhoras no decorrer do dia. Preciso sarar e conseguir forças para ingerir meus venenos.
       É uma pena que este mundo não dê espaço para lamúrias. Algumas pessoas odeiam me ver escrevendo essas bobagens. Que mundo grosseiro! Vontade de correr e cair no esquecimento. Olhar para esse abismo cinzento com a tristeza como dama de companhia. Andar com ela traz um ar sombrio e respeitoso, mas corrói em desespero.
       Não quero ser específica, mas essa preguiça mortificante está a sufocar meus pobres ares. Meu jardim morreu, mas eu ainda estou viva...
       A felicidade agora é uma lenda, o que vale é o alívio.

Nanna Carolina